Os bastidores de um texto.
Programas como novelas, seriados, filmes costumam mostrar os seus
bastidores em especiais na TV. É quando revelam como a magia acontece. São
momentos interessantes, embora eu fique, digamos assim, decepcionada. Porque são
nessas horas que descubro como aquela cena fantástica daquele filme que adorei
aconteceu.
Depois da revelação, essa ideia de bastidores me faz lembrar que assim
como os filmes, os textos têm meiqueoffi (sim, eu copiei do Mequidonotis!).
Sim, cara leitora ou leitor, o texto também tem bastidor. E vou mostrar a
origem de “Um passeio quase perfeito” (Mentira! Vou escrever como a minha
primeira crônica nasceu, pois vídeo sobre isso nem me passou pela cabeça na época!).
Era final de 2017 e depois da defesa do mestrado (história para outra
crônica ou novela?) resolvi aprofundar meus conhecimentos em língua portuguesa.
O curso foi curto: foi uma temporada com quatro ou cinco episódios. Claro que
foi um sucesso, para os alunos e para a professora. E é claro que a ela passou
lição! Lição de casa, obviamente. E qual seria a tarefa? Escrever uma crônica.
Ao longo de minha carreira profissional, nunca escrevi um texto
literário. E escrever uma crônica estava bem fora do meu radar, caneta,
computador ou bloco de notas do celular. No entanto, o texto ganhou vida num
bloco de notas do celular (ironias do destino, não?), cuja ideia era, a partir
de uma notícia de jornal, escrever uma crônica... já para próxima aula?
O pânico foi geral e total! Como é que eu vou fazer isso? E passado o terror
inicial, lá fui eu escrever a crônica, que nasceu por volta da meia noite ou
algo próximo disto. Não me lembro da data exata e tão pouco do que senti. Lembro-me,
porém, da reação que as pessoas tiveram ao ler o meu texto: elas se divertiram!
Além dos elogios, todos riram da situação que narrei. E eu fiquei feliz.
Muito mesmo. O meu primeiro texto literário (Crônica é literatura, sim!), além
de bem escrito, estava bem narrado! Para quem só escrevia artigos científicos
sobre textos literários, escrever um literário foi um desafio tremendo.
Embora tremendo, foi prazeroso. E continua a ser. Estou na busca eterna e
constante do escrever a próxima crônica. Enquanto ela não vem, recomendo a
leitura da minha e dos demais escritores que também escreveram e divertiram os
leitores com suas crônicas.
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