domingo, 30 de setembro de 2012

As impressões de uma fila

Dia 4 de agosto deste ano, o Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo inaugurou mais uma grande exposição: Impressionismo – Paris e a modernidade.
 
 
Fonte: MadMag
 
 
E é claro que eu fui ver! Mas antes de ver, enfrentei uma fila. Uma longa fila. Uma longuíiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiissima fila.
 
 
 
Para ter uma noção de seu comprimento, a fila começava na rua 15 de novembro, e só depois de muitas voltas na grade de proteção, e que se chegava na rua Álvares Penteado.
 
 

 
Mas isso não significa que você já vá entrar no CCBB. Pelo contrário, você ainda estará longe, bem longe da entrada. Definitivamente paulista e demais brasileiros gostam de uma filinha!
 
 
 

 
Com uma hora e vinte de fila, vou para o segundo bloco de fila. Mais uma vez, sigo por um caminho cercado por grades de metal. Eis que noto que estou em frente à porta do centro cultural, porém estou longe de entrar no centro cultural.
 
   

As horas passam, passam e passam. De repente, lembro-me de Murilo Rubião e o conto “A fila”. Será que terei o mesmo destino do personagem principal?
 
 
 
 

 
Três horas e trinta minutos depois entro no prédio que no passado abrigava o Banco do Brasil. Agora falta pouco para me impressionar, pois como todos já notaram, a fila ainda continua.
 
 
 
 
 
 
No próximo post, as impressões que me deixaram impressionadas!

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

A Paródia e o original - 3

A dor e a pedra, Cláudia Dans
 
Tinha uma pedra no meio do meu rim
No meio do meu rim tinha uma pedra
 
Uma pedra um rim
Um rim uma pedra

Tinha um rim no meio da pedra
Tinha uma pedra no meio do rim

No meio do meu rim tinha uma pedra
No meio da pedra tinha o meu rim





No meio do caminho, Carlos Drummond de Andrade*

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.

Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra

Tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.





*Horizonte de Poesía Mexicana



Espaço para uma crônica

  A noite do barulho   Era 1h50 da manhã de sexta-feira quando fui dormir. Um pouco tarde, eu sei, mas o sono tem se atrasado ultimament...