sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Dia do Quadrinho Nacional

Quer participar de uma maratona? Se você pensou que era para correr, errou feio! Porque o único movimento que você fará é o de movimentar a barra de rolagem do seu computador. E para fazer isso não é necessário usar o pé, né?

Agora, onde é a maratona? Ela está acontecendo no Blog dos Quadrinhos!

Paulo Ramos, autor do blog, está postando o que tem de melhor no quadrinho nacional! Dá uma olhada no que tem lá:


O quadrinho acima é Luigi Rocco, que tem um blog – roccoBlog – em que publica seus quadrinhos e demais desenhos!

Bacana, né? E já que maratona lembra correr, o que você está fazendo ai? Corre para lá!!!! E divirta-se!

Angelo Agostini e a História em Quadrinho no Brasil

Italiano de nascimento, mas brasileiro por escolha, Angelo Agostini (08/04/1843, Vercelli/Itália, 23/01/1910, Rio de Janeiro) é o principal nome quando se investiga a origem das Histórias em Quadrinhos no Brasil

Artista gráfico, pintor e critico de arte, Agostini trabalhou com os quadrinhos e com as caricaturas, que tinham como alvo os políticos do Segundo Império e da futura República.

O ano é 1869, mais precisamente, 30 de janeiro, data em que se comemora o dia Nacional da História em Quadrinho; nesse dia, vem ao mundo, pela pena de Angelo Agostini, nosso legitimo personagem nacional: Nhô-Quim, um caipira que vive inúmeras aventuras cômicas na capital do Império.

Publicada na revista Vida Fluminense, essas histórias não apresentavam os famosos balões de diálogos e o texto narrativo era bastante simples e convencional. Porém, Agostini tinha um traço elegante, “utilizava técnicas que só seriam exploradas plenamente pelos quadrinhos décadas depois, destacando-se a diagramação e a perspectiva, que davam um toque menos caricato e mais realista aos desenhos, que reproduziam a aparência e os costumes de uma época”, como relata o site Revista Crazymann.



Vale lembrar ainda que além do Nhô-Quim, o artista ítalo-brasileiro criou também Zé Caipora e a primeira heroína, a índia Inaiá, que viviam inúmeras aventuras na revista Revista Illustrada, de 1876 a 1891. Agostini publicou também nas revistas O Arlequim, O Mosquito suas caricaturas, suas ilustrações e, principalmente, suas ideias abolicionistas e republicanas, sempre com humor e critica.

Num Brasil em profunda transformação política, econômica e social, repleto de lutas pela abolição dos escravos e pela proclamação da República, Ângelo Agostini produziu uma arte que se recusava a ficar parada, estática. Avançando no tempo e no espaço, o artista criou uma narrativa sequencial com cortes gráficos que futuramente apareceriam nas histórias em quadrinhos.

O mesmo pode-se dizer de suas caricaturas, pois elas não foram apenas um retrato de uma época, mas um olhar critico de uma sociedade que crescia em todos os sentidos. Ou seja, o pai de Nhô Quim e de Zé Caipora, nos deixou como legado aventuras e caricaturas que revelam um tempo histórico significativo, de um país que se tornará Nação, porém, com fortes desejos de ser uma República.




Para Herman Lima, estudioso da obra de Angelo Agostini, o artista tem grande valor. Segundo Lima, “durante quarenta e seis anos, de 1840 a 1910, esse formidável polemista do lápis, sem descanso nem folga, [...], sempre se afirmou como irreverente fustigador de homens e de costumes, em milhares de charges, na época em coisa alguma inferior às melhores dos seus contemporâneos europeus” (Cirne, 1990, p. 16-7). 

Isso significa que esse ítalo-brasileiro foi um crítico feroz, que usou a pena como arma para instigar e mostrar à sociedade seus problemas e falhas, contudo, fez de belíssima e inovadora forma.

Essa inovação se faz presente especialmente nos quadrinhos. Ao publicar as aventuras de Nhô Quim e de Zé Caipora, Agostini traz os principais elementos visuais da narrativa quadrinizada, mas incomuns para o século XIX.

Waldomiro Vergueirodo Núcleo de Pesquisa de História em Quadrinhos da USP, comenta que ele usava “recursos metalinguísticos ou de enquadramentos inovadores para a época (entre estes últimos pode-se destacar, já no primeiro capítulo, uma sucessão de vários quadrinhos utilizando um mesmo cenário de fundo, uma técnica que apenas muito tempo depois foi explorada pelas histórias em quadrinhos)”.

Isso mostra que Angelo Agostini foi, sem sombra de dúvida, o principio dos nossos quadrinhos. E também um artista que por meio das hq, muito antes delas existirem como as conhecemos; revelou um país repleto de divisões sociais, econômicas e políticas, que começava a caminhar pelas próprias pernas, apesar delas serem, ainda, bastante frágeis.






Bibliografia

CIRNE, Moacy. História e critica dos quadrinhos brasileiros. Rio de Janeiro: Editora Europa: FUNARTE, 1990.

FEIJÓ, Mário. Quadrinhos em ação: um século de história. São Paulo: Moderna, 1997.


As imagens de Angelo Agostini e de seus desenhos foram tiradas do site Universo HQ e Veja.

Quando a Primeira História em Quadrinhos fez História!

Prezado leitor, você sabe que dia é hoje? Se você respondeu 30 de janeiro, parabéns! Agora você, caríssimo leitor, sabe o que se comemora hoje?

Eu ouvi direito? Você respondeu NÃO! Não fique triste nem desesperado, pois vou lhe contar. Então, senta que lá vem A História das Histórias em Quadrinhos!*





*A expressão “Senta que lá vem história” refere-se ao programa infantil Rá-Tim-Bum, da TV Cultura.

domingo, 25 de janeiro de 2009

São Paulo é Poesia!

Falar de São Paulo é falar de Mário de Andrade! E já que hoje é seu aniversário da cidade, nada melhor do que comemorar com poesia. E com uma poesia, obviamente, escrita por um legitimo paulista!




"Garoa do Meu São Paulo"*

Garoa do meu São Paulo,
-Timbre triste de martírios-
Um negro vem vindo, é branco!
Só bem perto fica negro,
Passa e torna a ficar branco.

Meu São Paulo da garoa,
-Londres das neblinas finas-
Um pobre vem vindo, é rico!
Só bem perto fica pobre,
Passa e torna a ficar rico.

Garoa do meu São Paulo,
-Costureira de malditos-
Vem um rico, vem um branco,
São sempre brancos e ricos...

Garoa, sai dos meus olhos.




"Inspiração"*

“Onde até na força do verão havia
tempestades de ventos e frios de
crudelíssimo inverno.”
Fr. Luís de Sousa

São Paulo! Comoção de minha vida...
Os meus amores são flores feitas de original...
Arlequinal!... Traje de losangos... Cinza e ouro...
Luz e bruma... Forno e inverno morno...
Elegâncias sutis sem escândalos, sem ciúmes...
Perfumes de Paris... Arys!
Bofetadas líricas no Trianon... Algodoal!...

São Paulo! Comoção de minha vida...
Galicismo a berrar nos desertos da América!






*fonte: Orfeu Spam 14

São Paulo

Berço do Romantismo e do Modernismo. Cidade do trabalho e do dinheiro. Lugar de inúmeras faces, fases e tardes. Espaço repleto de concreto, moderno e austero.

São Paulo é tudo e nada ao mesmo tempo! Ela é a mais pura contradição ou seria a mais pura paixão?

São Paulo. São Paulo! São Paulo? São Paulo...

Não importa o que digam, o que viam, o que sentiam... São Paulo é mais que a minha cidade. São Paulo é a minha vida, minha vida inteira!

Feliz Aniversário, São Paulo!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

E a contagem finalmente chega ao fim!!!!

Hoje é 13 de janeiro, ou seja, para o dia 15 de janeiro faltam.....

Façamos as contas!

15 de janeiro menos 13 de janeiro é igual a
2 dois dias!!!!

Em outras palavras, dentro de dois dias este belo e atualizado (muito atualizado mesmo!) blog sai de férias! Será por pouco tempo! Ou não?

Enfim, só o tempo dirá!!!!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

2009 chegou! E com ele, o primeiro texto do Ano Novo. Ainda sobre Machado e Guimarães.

Nas duas últimas postagens de 2008, falei sobre dois autores significativos e primordiais da Literatura Brasileira, e quem sabe, Universal! Machado de Assis e Guimarães Rosa, que por um designo do destino, aniversariaram em 2008, porém foram lembrados de modos distintos.

Machado, o bruxo do Cosme velho, ganhou várias reportagens especiais em revistas e jornais, uma exposição no Museu da Língua Portuguesa e a adaptação para TV de um dos seus textos mais conhecido: Dom Casmurro, feita pela Rede Globo. Vale destacar também da adaptação, pela Rede Record, do conto “Os óculos do Pedro Antão”.
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Essas homenagens foram ótimas oportunidades de mostra para o grande público a obra de machadiana! Além de ser uma bela desculpa para se falar de Literatura e levar a grande Literatura para as massas!
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Já Guimarães Rosa... Confesso que vi apenas três especiais sobre o autor de Sagarana. Um, no canal a cabo, MultiShow, que apresentou um documentário feito por Pedro Bial, e a adaptação de Grande Sertão: Veredas, feito pela Rede Record. Nesta adaptação da Record, a história de Riobaldo e Diadorim ganha vida na tela, intercalado pela fala de estudiosos da literatura, críticos literários e familiares do autor mineiro. Na imprensa, Guimarães Rosa foi destaque na revista Discutindo Literatura. Já nos jornais, não vi ou li nada sobre ele.

E é dessa forma diferente de tratamento que mais me chama atenção. É com se o aniversário de morte fosse mais importante do que de nascimento. Será que o primeiro é mais importante que o outro? Será que a linguagem rosiana é muito difícil para ganhar o devido destaque do que a de Machado? Será que os mistérios da morte são mais interessantes que os mistérios da vida? Ou será que autor morto é que é autor bom?
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Uma vez ouvi dizer que autor bom é autor morto!

E você, caro leitor, o que pensa sobre isso? Será que há realmente diferenças entre morte e vida ou será que tudo isso não passa de loucos delírios desta que vós fala?
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PS: Leitor, participe!

Espaço para uma crônica

  A noite do barulho   Era 1h50 da manhã de sexta-feira quando fui dormir. Um pouco tarde, eu sei, mas o sono tem se atrasado ultimament...