terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Diário de um TCC: dia 2

É sábado. Um calor tremendo, quase insuportável. Para refrescar a mente e, quem sabe, a alma, você resolve tomar um sorvete. Diante da bancada repleta de sabores, você começa a ponderar, a pensar, e depois de muitos minutos escolhe o sorvete que vai tomar.
 
 
Claro que a situação acima é fictícia, especialmente para o tempo de hoje (que frio!!), porém, ela tem a ver com o escolher o objeto de estudo de um TCC. Ainda que escolher o sabor do sorvete não tenha muita relação com a escolha do tema do TCC, as duas situações têm um ponto comum: o sabor ou o objeto de pesquisa foram escolhidos a partir de motivos particulares ou não.

 

 
O que me motivou estudar Clarice Lispector e o conto “O ovo e a galinha” foi, além da curiosidade pelo texto, o fascínio que a autora e sua obra despertaram em mim. E despertou em tantos outros estudiosos, como o meu antigo professor de Literatura, Ricardo Iannace.
 
E agora, por que estudar Bernardo Carvalho? Não seria mais fácil continuar com Clarice? É obvio que seria muito mais prático, simples, estudar Clarice Lispector uma vez que já conheço (um pouquinho, né?) sua escrita, seus textos. Porém, quando a curiosidade surge, fica difícil manter-se no caminho original.
 
 
Sim, a resposta é boba! Mas, não foi só a curiosidade que pesou, outros elementos contribuíram para escolher Bernardo Carvalho. São eles: a exaltação da ficção, a presença do mistério policial, a ficcionalização do real e a reflexão do fazer literário assim como do valor literário.
 
 
 
Claro que não há só essas questões, mas entre estas, uma tem a minha atenção: o fazer literário e como isso aparece no corpo do romance. E isso me atrai mais que sorvete de chocolate (mentira, eu adoro chocolate e literatura!). Adoro descobri como o autor elabora seus textos, assim como adoro saber como se fabrica barras de chocolate.
 
É obvio que os motivos são mais pessoais do que públicos, porém, ao escolher um objeto em detrimento de outro envolve interesses particulares, além dos coletivos, porém é a partir de um desejo seu, de uma curiosidade sua, que surge as soluções e as respostas para o mundo.

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